Perigo

Trecho não revitalizado da avenida Juscelino Kubitschek é perigoso para pedestres

Parte da avenida entre Domingos de Almeida e a República do Líbano possui apenas duas faixas de pedestres em mais de dois quilômetros

Carlos Queiroz -

O contraste entre a parte antiga e o trecho revitalizado da avenida Juscelino Kubitschek é grande. De um lado, faixas de segurança, sinalização, gradis em entroncamentos, ciclofaixa, acessibilidade e novas paradas de ônibus. No trecho antigo, faltam placas e sinalizações horizontais na pista, há apenas duas faixas de segurança e não há mecanismos para a redução da velocidade. Pedestres e ciclistas sentem medo e consideram arriscado atravessar a avenida, pela alta velocidade dos automóveis. A Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) promete estudar trecho para tomar medidas.

Na manhã desta quarta-feira (1º), uma ciclista foi atropelada por um veículo, próximo ao acesso à avenida Dom Joaquim. Na frenagem, outro veículo se envolveu no acidente, colidindo com o carro do atropelamento. A avenida liga o Porto e o Centro com a Zona Norte da cidade e possui grande fluxo de veículos.

Pedalando nas redondezas, José Henrique Marques, 42, diz sentir medo de transitar na via. A avenida é caminho para sua residência, e precisa passar de bicicleta todos os dias. Às vezes, prefere empurrar a bicicleta para fugir dos veículos, relata. "O maior perigo é a velocidade dos carros", opinou.

Trabalhando próximo do local do acidente, o frentista Márcio Lemos, 34, todos os dias assiste a cenas perigosas protagonizadas por pedestres e veículos. Entre elas, Márcio viu um senhor descer de bicicleta a rua Armando Fagundes, o qual, sem freios no veículo, tentou desviar dos demais e acabou sendo atingido em cheio. O idoso morreu na hora. "Foi triste porque vi toda a cena acontecer e ainda depois fui testemunha no processo. Combinou a alta velocidade de um com a falha da bicicleta", lembra.

O trecho perigoso
No sentido Centro/bairro, os problemas começam ao atravessar a rua Antônio dos Anjos e a avenida Domingos de Almeida. A partir deste ponto, existe apenas uma faixa de segurança no semáforo localizado na esquina com a rua Rafael Pinto Bandeira, num espaço de cerca de dois quilômetros. Outro problema é a falta de sinalização na via. As pistas não são demarcadas, há poucas placas indicando a velocidade permitida e moradores precisam se arriscar toda vez que precisam atravessar a rua. Pela falta de redutores, os carros passam em velocidade superior aos 60 km/h permitidos na via. Nas poucas passarelas que atravessam o canal no meio da avenida, em nenhuma há faixas de segurança

Secretaria analisará possíveis medidas
Em contato com o secretário responsável pelo trânsito, Flávio Al Alam, ele garante que técnicos da pasta farão um estudo detalhado para identificar possíveis pontos para a instalação das faixas de segurança. "Realmente em dois quilômetros é muito pouco. Até hoje não chegou demanda de pedestres para a Secretaria", informou. Ainda segundo o gestor, novos empreendimentos imobiliários instalados na via têm obrigação de construir a ciclofaixa em cima da calçada. No entanto, pela ciclofaixa ser incompleta, os usuários da avenida acabam utilizando as próprias pistas para rodagem de veículos. "Vamos analisar. Porém não há uma grande densidade de pedestres", pontua. Outra ação desenvolvida para reduzir a velocidade na JK, informa Al Alam, é o uso de radar móvel para fiscalizar.

 

 

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